sábado, 1 de junho de 2013

O aprendizado de Matemática


Cursistas:  
José Antonio, José Oswaldo, Jussany, Kátia, Kleber, Leandro, Luzia

Em um primeiro momento a criança deve construir conceitos sobre determinado conteúdo para facilitar seu aprendizado.
A criança constrói o conceito de número e outras noções matemáticas a partir de sua interação com o meio e das experiências vividas.
 No ensino infantil, a Matemática não deve ser vista apenas como pré-requisito
para estudos posteriores. É preciso que o ensino da disciplina esteja voltado à formação do cidadão, que utiliza cada vez mais conceitos matemáticos em sua rotina. Ao acompanhar uma pesquisa eleitoral, calcular o salário, escolher um tapete para a sala, utilizar um computador ou até mesmo ao comprar pãezinhos numa padaria, as pessoas aplicam conceitos numéricos, fazem operações, calculam medidas e utilizam raciocínio lógico. São habilidades que devem ser adquiridas já nas primeiras séries escolares.
Por estar tão presente no cotidiano, a Matemática dá ao professor a chance de desafiar seus alunos a encontrar soluções para questões que enfrentam na vida diária.  
Por exemplo: Potes de iogurte, tubos de pasta de dentes, caixas de remédio, vidros de esmalte, tudo na forma de sucata. O material é trazido de casa pelas crianças, que fazem sua separação de acordo com o uso, contam quantos exemplares há de cada um e determinam seu preço.
Desse modo os alunos, assimilam os primeiros conceitos de seriação, classificação e contagem. Depois, utilizam os objetos para brincar de compra e venda num supermercado improvisado na classe.
Aí, dividida em duas equipes que se revezam, uma de compradores e outra de vendedores, a turma exercita cálculos de adição e subtração para descobrir os melhores preços e conferir se o troco dado pelo "vendedor" está certo. Exatamente como fazem a mamãe e o papai!

Dois fundamentos são essenciais:

1.É fundamental conhecer a fundo a disciplina, seus métodos, ramificações e aplicações para poder escolher a maneira correta de ensinar e avaliar seus alunos. Por exemplo, não adianta o professor tentar ensinar frações aos alunos se ele próprio não dominar o tema por completo e não souber mostrar-Ihes em que situações concretas as frações serão úteis para cada um.
2. É necessário também conhecer a história de vida de seus alunos para sintonizar o ensino com a bagagem que eles trazem de casa.
Se a criança mora no campo e ajuda os pais na lavoura, o professor, ao ensinar o conceito de área, deverá se esforçar para propor exercícios que envolvam o cálculo de áreas de plantio, o que certamente tornará muito mais fácil compreensão da questão.

A importância de trabalhar em grupo:

O trabalho coletivo em classe pode lhe trazer ganhos substanciais. O professor vai deixar de ser aquele tipo de professor que apenas enche o quadro-negro e expõe o conteúdo à classe e passará a desenvolver a função de facilitador e organizador de informações. Outra vantagem: os laços afetivos entre as crianças se estreitarão, tomando mais proveitosas as atividades.
Já os lucros para o aproveitamento escolar merecem uma relação especial: Os alunos vão perceber que, além de buscar a solução para uma situação proposta, devem cooperar para resolvê-la.
. A habilidade em se expressar e compreender o pensamento dos colegas de classe será desenvolvida: O aluno será incentivado a incorporar soluções alternativas, o que o obrigará a ampliar seu conhecimento acerca dos conceitos envolvidos na atividade proposta.

Formas de cativar as crianças

Para o ensino da Matemática não existe um único ou o melhor caminho a ser trilhado pelo professor. O importante é conhecer diversas técnicas de sala de aula para criar um programa de acordo com as condições de cada turma e escola.  Dentre elas, há algumas notadamente eficientes, como por exemplo:

Jogos

Quando a criança joga, além de estar aprendendo a conviver e a respeitar seus colegas, ela desenvolve diversas habilidades matemáticas. O recurso é rapidamente aceito pelas crianças, pois não encerra o aspecto de obrigação ditada pelo professor. O estudante aprende e se diverte ao mesmo tempo.  Pode-se utilizar jogos prontos ou então criar versões de acordo com o assunto que quer tratar.

A criança que ingressa no primeiro ciclo traz na bagagem conhecimentos informais sobre numeração, medida, espaço e forma. Essas informações são adquiridas em seu contato diário com os pais (fazendo compras, controlando gastos mensais (somando pontos de um jogo, controlando a quantidade de figurinhas que possui). O professor deve inicialmente investigar esse domínio que cada criança possui, bem como as dificuldades, para poder organizar sua proposta de ensino.
Nesse ciclo, a participação dos alunos nas atividades é bastante individualista. Por isso, o professor deve sempre estimular a troca de idéias entre as crianças, ensinando-as a compartilhar suas descobertas. Na resolução de problemas, os alunos ainda vão se apoiar em recursos como material de contagem, instrumentos de medida, calendários, figuras tridimensionais e bidimensionais e outros materiais concretos. Mas, com o tempo, deve-se incentivá-las a desenvolver estratégias para a aplicação de ações mentais, buscando a não dependência do material concreto.
Deve-se também estimular a escrita de textos para explicar resultados e estratégias, mesmo que em conjunto com alguns símbolos matemáticos, para que a linguagem matemática não se transforme em um código indecifrável.

Organização das aulas

Há no primeiro ciclo grandes blocos de conteúdos que devem nortear o trabalho do professor.
Entretanto, crianças nessa faixa de idade não fazem a classificação do conhecimento em grandes áreas (Aritmética, Geometria, medidas).
Portanto, na prática diária de sala de aula, o professor deve interligar o máximo possível esses conteúdos, tendo os blocos apenas como referência para o planejamento de ensino.

1. Números naturais e sistema de numeração

Deve-se mostrar as crianças     as diferentes situações em que os números são utilizados. Em seu aspecto cardinal, o número indica uma quantidade de elementos e permite que se imagine essa quantidade sem que os eles estejam presentes: por exemplo, quantos irmãos têm cada aluno ou quantas carteiras existem na sala de aula. Em seu aspecto ordinal, o número indica posição, possibilitando guardar o lugar ocupado por um objeto, pessoa ou acontecimento numa listagem, sem que seja necessário memorizar toda essa lista.
Por exemplo, no quadro de medalhas, o Brasil foi o 18º colocado nas últimas Olimpíadas. Os números podem ainda ser códigos sem nenhuma ligação direta com os aspectos cardinal e ordinal.
Por exemplo, um número de telefone.

Habilidades a desenvolver:

 Reconhecimento dos números que aparecem no dia-a-dia.
 Emprego de estratégias de quantificação como a contagem, o pareamento, a estimativa a correspondência.
Comparações entre coleções de objetos pelo número de elementos e ordenação de grandezas pelo aspecto de medida.
Perceber a grandeza de um número pela quantidade de algarismos

2.Espaço e forma

Para compreender, descrever e representar o mundo em que vive o aluno precisa, por exemplo, saber localizar-se no espaço, movimentar-se nele, dimensionar sua ocupação, perceber a forma e o tamanho de objetos e a relação disso com seu uso. As atividades de Geometria no primeiro ciclo, portanto, devem estimular nos alunos a capacidade de estabelecer pontos de referência a seu redor, situar-se no espaço, deslocar-se nele, dando e recebendo comandos e compreendendo termos como esquerda, direita, distância, deslocamento, acima, abaixo, ao lado, na frente, atrás, perto e longe.

Habilidades a desenvolver

. Localizar pessoas ou objetos no espaço com base em um ponto de referência.
. Entender a movimentação de pessoas ou objetos, conforme indicações de direção.  .Observar formas geométricas presentes em objetos naturais e criados pelo homem. . .Construir e representar formas geométricas simples.
.Comparar tamanhos e formas de objetos.
. Perceber semelhanças e diferenças entre cubos e quadrados, paralelepípedos e retângulos, pirâmides e triângulos, esferas e círculos.

3.Grandezas e medidas

Não é necessária formalização do conceito de sistemas de medidas com crianças do primeiro ciclo. Mas o professor deve levá-las a compreender o procedimento de medir usando para isso tanto estratégias pessoais (por exemplo, medir quantos passos de largura tem a sala de aula) quanto alguns instrumentos como balança,
fita métrica e recipientes de uso freqüente, como um copo de plástico, para medir volumes.
Transformações de unidades de medidas devem se ater às mais usadas no cotidiano.

 Habilidades a desenvolver

. Comparação de grandezas de mesma natureza.
. Identificação e relação entre unidades de tempo: dia, semana, mês, bimestre, semestre, ano.
. Reconhecimento das cédulas e moedas de real e de possíveis trocas entre elas em função de seus valores. . Perceber que para informar uma medida deve-se adotar uma unidade. No primeiro ciclo, não é necessário conhecer as unidades padrão. O aluno poderá medir um objeto com um pedaço de barbante, por exemplo.
. Leitura de horas, comparando relógios digitais e analógicos.


Um comentário:

  1. Parabéns ao grupo pela elaboração do blog e desejo que ele seja um ponto de encontro para o cultivo da amizade e troca de experiências e conhecimentos.

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