Cursistas:
José Antonio, José Oswaldo, Jussany, Kátia, Kleber, Leandro, Luzia
Em um primeiro momento a criança deve construir conceitos
sobre determinado conteúdo para facilitar seu aprendizado.
A
criança constrói o conceito de número e outras noções matemáticas a partir de
sua interação com o meio e das experiências vividas.
No ensino infantil, a Matemática não deve ser
vista apenas como pré-requisito
para
estudos posteriores. É preciso que o ensino da disciplina esteja voltado à
formação do cidadão, que utiliza cada vez mais conceitos matemáticos em sua
rotina. Ao acompanhar uma pesquisa eleitoral, calcular o salário, escolher um
tapete para a sala, utilizar um computador ou até mesmo ao comprar pãezinhos
numa padaria, as pessoas aplicam conceitos numéricos, fazem operações, calculam
medidas e utilizam raciocínio lógico. São habilidades que devem ser adquiridas
já nas primeiras séries escolares.
Por
estar tão presente no cotidiano, a Matemática dá ao professor a chance de
desafiar seus alunos a encontrar soluções para questões que enfrentam na vida
diária.
Por
exemplo: Potes de iogurte, tubos de pasta de dentes, caixas de remédio, vidros
de esmalte, tudo na forma de sucata. O material é trazido de casa pelas
crianças, que fazem sua separação de acordo com o uso, contam quantos
exemplares há de cada um e determinam seu preço.
Desse
modo os alunos, assimilam os primeiros conceitos de seriação, classificação e
contagem. Depois, utilizam os objetos para brincar de compra e venda num
supermercado improvisado na classe.
Aí,
dividida em duas equipes que se revezam, uma de compradores e outra de
vendedores, a turma exercita cálculos de adição e subtração para descobrir os
melhores preços e conferir se o troco dado pelo "vendedor" está
certo. Exatamente como fazem a mamãe e o papai!
Dois fundamentos são essenciais:
1.É
fundamental conhecer a fundo a disciplina, seus métodos, ramificações e
aplicações para poder escolher a maneira correta de ensinar e avaliar seus
alunos. Por exemplo, não adianta o professor tentar ensinar frações aos alunos
se ele próprio não dominar o tema por completo e não souber mostrar-Ihes em que
situações concretas as frações serão úteis para cada um.
2. É
necessário também conhecer a história de vida de seus alunos para sintonizar o
ensino com a bagagem que eles trazem de casa.
Se a
criança mora no campo e ajuda os pais na lavoura, o professor, ao ensinar o
conceito de área, deverá se esforçar para propor exercícios que envolvam o
cálculo de áreas de plantio, o que certamente tornará muito mais fácil compreensão
da questão.
A importância de trabalhar em grupo:
O
trabalho coletivo em classe pode lhe trazer ganhos substanciais. O professor vai
deixar de ser aquele tipo de professor que apenas enche o quadro-negro e expõe
o conteúdo à classe e passará a desenvolver a função de facilitador e
organizador de informações. Outra vantagem: os laços afetivos entre as crianças
se estreitarão, tomando mais proveitosas as atividades.
Já os
lucros para o aproveitamento escolar merecem uma relação especial: Os alunos
vão perceber que, além de buscar a solução para uma situação proposta, devem cooperar
para resolvê-la.
. A
habilidade em se expressar e compreender o pensamento dos colegas de classe
será desenvolvida: O aluno será incentivado a incorporar soluções alternativas,
o que o obrigará a ampliar seu conhecimento acerca dos conceitos envolvidos na
atividade proposta.
Formas de cativar as crianças
Para
o ensino da Matemática não existe um único ou o melhor caminho a ser trilhado
pelo professor. O importante é conhecer diversas técnicas de sala de aula para
criar um programa de acordo com as condições de cada turma e escola. Dentre elas, há algumas notadamente
eficientes, como por exemplo:
Jogos
Quando
a criança joga, além de estar aprendendo a conviver e a respeitar seus colegas,
ela desenvolve diversas habilidades matemáticas. O recurso é rapidamente aceito
pelas crianças, pois não encerra o aspecto de obrigação ditada pelo professor.
O estudante aprende e se diverte ao mesmo tempo. Pode-se utilizar jogos prontos ou então criar
versões de acordo com o assunto que quer tratar.
A
criança que ingressa no primeiro ciclo traz na bagagem conhecimentos informais
sobre numeração, medida, espaço e forma. Essas informações são adquiridas em
seu contato diário com os pais (fazendo compras, controlando gastos mensais (somando
pontos de um jogo, controlando a quantidade de figurinhas que possui). O
professor deve inicialmente investigar esse domínio que cada criança possui,
bem como as dificuldades, para poder organizar sua proposta de ensino.
Nesse
ciclo, a participação dos alunos nas atividades é bastante individualista. Por
isso, o professor deve sempre estimular a troca de idéias entre as crianças,
ensinando-as a compartilhar suas descobertas. Na resolução de problemas, os
alunos ainda vão se apoiar em recursos como material de contagem, instrumentos
de medida, calendários, figuras tridimensionais e bidimensionais e outros
materiais concretos. Mas, com o tempo, deve-se incentivá-las a desenvolver
estratégias para a aplicação de ações mentais, buscando a não dependência do
material concreto.
Deve-se
também estimular a escrita de textos para explicar resultados e estratégias,
mesmo que em conjunto com alguns símbolos matemáticos, para que a linguagem
matemática não se transforme em um código indecifrável.
Organização das aulas
Há no
primeiro ciclo grandes blocos de conteúdos que devem nortear o trabalho do
professor.
Entretanto,
crianças nessa faixa de idade não fazem a classificação do conhecimento em
grandes áreas (Aritmética, Geometria, medidas).
Portanto,
na prática diária de sala de aula, o professor deve interligar o máximo
possível esses conteúdos, tendo os blocos apenas como referência para o
planejamento de ensino.
1. Números naturais e sistema de numeração
Deve-se
mostrar as crianças as diferentes situações em que os números são
utilizados. Em seu aspecto cardinal, o número indica uma quantidade de
elementos e permite que se imagine essa quantidade sem que os eles estejam presentes:
por exemplo, quantos irmãos têm cada aluno ou quantas carteiras existem na sala
de aula. Em seu aspecto ordinal, o número indica posição, possibilitando
guardar o lugar ocupado por um objeto, pessoa ou acontecimento numa listagem,
sem que seja necessário memorizar toda essa lista.
Por
exemplo, no quadro de medalhas, o Brasil foi o 18º colocado nas últimas
Olimpíadas. Os números podem ainda ser códigos sem nenhuma ligação direta com
os aspectos cardinal e ordinal.
Por
exemplo, um número de telefone.
Habilidades a desenvolver:
Reconhecimento dos números que aparecem no
dia-a-dia.
Emprego de estratégias de quantificação como a
contagem, o pareamento, a estimativa a correspondência.
Comparações
entre coleções de objetos pelo número de elementos e ordenação de grandezas
pelo aspecto de medida.
Perceber
a grandeza de um número pela quantidade de algarismos
2.Espaço e forma
Para
compreender, descrever e representar o mundo em que vive o aluno precisa, por
exemplo, saber localizar-se no espaço, movimentar-se nele, dimensionar sua ocupação,
perceber a forma e o tamanho de objetos e a relação disso com seu uso. As
atividades de Geometria no primeiro ciclo, portanto, devem estimular nos alunos
a capacidade de estabelecer pontos de referência a seu redor, situar-se no
espaço, deslocar-se nele, dando e recebendo comandos e compreendendo termos
como esquerda, direita, distância, deslocamento, acima, abaixo, ao lado, na
frente, atrás, perto e longe.
Habilidades a desenvolver
.
Localizar pessoas ou objetos no espaço com base em um ponto de referência.
.
Entender a movimentação de pessoas ou objetos, conforme indicações de
direção. .Observar formas geométricas
presentes em objetos naturais e criados pelo homem. . .Construir e representar
formas geométricas simples.
.Comparar
tamanhos e formas de objetos.
.
Perceber semelhanças e diferenças entre cubos e quadrados, paralelepípedos e
retângulos, pirâmides e triângulos, esferas e círculos.
3.Grandezas e medidas
Não é
necessária formalização do conceito de sistemas de medidas com crianças do
primeiro ciclo. Mas o professor deve levá-las a compreender o procedimento de
medir usando para isso tanto estratégias pessoais (por exemplo, medir quantos
passos de largura tem a sala de aula) quanto alguns instrumentos como balança,
fita
métrica e recipientes de uso freqüente, como um copo de plástico, para medir
volumes.
Transformações
de unidades de medidas devem se ater às mais usadas no cotidiano.
Habilidades a desenvolver
.
Comparação de grandezas de mesma natureza.
.
Identificação e relação entre unidades de tempo: dia, semana, mês, bimestre,
semestre, ano.
.
Reconhecimento das cédulas e moedas de real e de possíveis trocas entre elas em
função de seus valores. . Perceber que para informar uma medida deve-se adotar
uma unidade. No primeiro ciclo, não é necessário conhecer as unidades padrão. O
aluno poderá medir um objeto com um pedaço de barbante, por exemplo.
.
Leitura de horas, comparando relógios digitais e analógicos.
Parabéns ao grupo pela elaboração do blog e desejo que ele seja um ponto de encontro para o cultivo da amizade e troca de experiências e conhecimentos.
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